

Não chegues tão perto!
Mora uma ave de rapina,
Uma ave ferida,
No oco deste tronco branco.
No cerne do deserto,
Suas inertes retinas
Refletem da partida
Pegadas de um santo manco.
Tal destino incerto,
Qual paralela sina:
Cravelha de duas vidas
Em negras plumas, e negro manto.
Um comentário:
Quanta imagem em ação,
Quanta dor, coração.
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